Em busca do osso perdido!

Osso vale mais que qualquer tesouro! Nós que trabalhamos com implantes sabemos disso muito bem. O ideal seria que não perdêssemos esse fantástico tecido. Mas infelizmente ele se vai, às vezes: quando extraímos dentes e não os substituímos a tempo pelos implantes, o osso vai progressivamente reduzindo de tamanho. Também os traumas, cistos e tumores são causas de perda óssea. E é aí que entram os enxertos: para que possamos devolver o tamanho do osso, permitindo ao paciente que receba implantes e, ao final, próteses, e com isso volte a mastigar, sorrir e falar com confiança.

O OSSO É VALIOSO!

Enxertos são substitutos de osso perdido. A perda óssea mais comum é a que acontece natural e progressivamente após a extração dos dentes. Mas, outras situações como acidentes, cistos e tumores podem levar à perda óssea. Sem osso adequado, é impossível instalar implantes dentários. Por isso, os enxertos são feitos antes dos implantes quando não há osso suficiente. 

E, DE ONDE VEM OS ENXERTOS?

Inúmeros tipos de enxertos já foram propostos ao longo da história, alguns com origens exóticas como plantas, corais, etc. Atualmente, os substitutos ósseos mais frequentes são de uma entre as quatro categorias a seguir:

    1. De você mesmo!
      Os chamados enxertos autógenos são removidos de outra região do próprio paciente. Algumas regiões doadoras: queixo, região do dente do siso, parte externa do crânio, osso do quadril e do osso da perna. Uma das vantagens é que há muitos estudos favoráveis, além de que células vivas da própria pessoa formam mais osso; e não tem custo extra. A desvantagem, neste caso, é que precisamos operar duas regiões – a doadora e a receptora, as vezes a cirurgia deve ser feita no hospital.
    2. De um doador humano
      Os enxertos homógenos são removidos de um doador falecido e processados em um banco de ossos. Vantagem: não precisamos operar uma segunda região do paciente para tirar o enxerto. Desvantagens: custo alto; difícil acesso; necessidade de um cuidadoso processamento dos enxertos pelo banco de ossos para impedir contaminação; não têm células vivas e podem causar reação imunológica. 
    3. Origem animal
      Os enxertos heterógenos são, geralmente, bovinos. É removida toda a estrutura orgânica, restando apenas o arcabouço mineral. São produzidos por grandes empresas. Vantagens: não precisamos operar região doadora no paciente; alta disponibilidade de quantidade; são seguros; possuem excelentes resultados com marcas consagradas ao longo de décadas de pesquisa e uso clínico. Desvantagens: custo elevado; não têm células vivas.
    4. Implantes sintéticos
      Materiais aloplásticos ou sintéticos são substâncias inorgânicas, desenvolvidas em laboratório para remodelação e recontorno do osso. Exemplo: hidroxiapatita. Vantagens: não precisamos operar em região doadora; alta disponibilidade de quantidade. Desvantagens: custo elevado; não têm células vivas; geralmente tem pouca resistência.

QUAL A NOSSA PREFERÊNCIA?

Nós utilizamos apenas enxerto do próprio paciente (autógeno) ou heterógeno da marca Geistlich (Bio-Oss). A escolha depende de cada caso e é sempre discutida com o paciente. O Bio-Oss está no mercado há quase 40 anos e é considerado o padrão-ouro em material. O inconveniente é o custo, porém a segurança e os resultados são excelentes e valem a pena!

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